As visitas de cortesia do Santo Padre aos 24 novos integrantes do Colégio Cardinalício acontecem no sábado, 20, entre 16h30 e 18h30 (em Roma - 13h30 e 15h30 no horário de Brasília). O Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, integra a lista.
O Consistório Ordinário Público para a criação dos cardeais acontece neste sábado, 20, às 10h30 (em Roma - 7h30 no horário de Brasília). A cerimônia ocorre na Basílica de São Pedro e será presidida pelo Papa Bento XVI, com transmissão ao vivo pela TV Canção Nova.
No domingo, 21, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, o Papa presidirá à concelebração da Santa Missa com os novos cardeais na Basílica Vaticana, ocasião em que dará a cada um o Anel cardinalício.
"Os Cardeais têm a missão de ajudar o Sucessor do Apóstolo Pedro no cumprimento de sua missão de princípio e fundamento perpétuo e visível da comunhão na Igreja (cf. Lumen gentium, n. 18)", explicou o Santo Padre ao divulgar a lista com os nomes dos novos cardeais, logo após a Catequese do dia 20 de outubro.
Os novos cardeais provêm de quatro continentes: 15 europeus (incluindo 10 italianos); 4 africanos e americanos, 1 asiático. Este será o terceiro Consistório do Pontificado de Bento XVI. Os cardeais chegarão a um total de 203, dos quais 121 eleitores.
Leonardo Meira
Da Redação, com Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A tiara volta ao brasão pontifício
No domingo 10 de outubro foi ostentado pela primeira vez o brasão do Papa Bento XVI com a tiara pontifícia, símbolo exclusivo dos Pontífices. Até então havia em seu lugar uma mitra, símbolo próprio de um bispo. A empresa italiana de bordados de luxo Ars Regia — responsável pela confecção do brasão, bordado no tapete exposto sob a janela em que o Pontífice apareceu — explicou que este fora confeccionado segundo "antiga tradição".
A origem da tiara remonta ao Antigo Testamento. Deus disse a Moisés: "Farás também uma lâmina do mais puro ouro, na qual farás abrir por mão de gravador: 'Santidade ao Senhor'. E atá-la-ás com uma fita de jacinto e estará sobre a tiara, iminente à testa do pontífice. E Arão a levará sobre si. E sempre esta lâmina estará sobre a sua testa para que o Senhor lhe seja propício" (Ex, 28, 36-37). Aarão, irmão de Moisés, é o arquétipo de Sumo Sacerdote e prefigura dos Papas.
A tiara, ou tri-regno (tríplice reinado), consta de três coroas que simbolizam:
1ª) a jurisdição eclesiástica do Papa e o governo temporal sobre os feudos pontifícios;
2ª) a autoridade espiritual acima da autoridade temporal dos reis;
3ª) a autoridade efetiva sobre todos os soberanos, podendo nomeá-los ou depô-los.
Elas também significam o poder máximo na Ordem do Sacerdócio, na Jurisdição Universal e no Magistério Supremo. O cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo explicou ao jornal francês "La Croix" que a decisão de não mais usar a tiara havia sido do próprio Bento XVI, que agora a restaurou: "No dia seguinte ao de sua eleição — testemunhou o Cardeal — ele próprio disse-me que não queria que a tiara continuasse aparecendo, e desejava substituí-la por uma mitra". A restauração foi recebida com júbilo pelos católicos, admiradores dos símbolos da Cristandade.
Marcelo Dufaur
A origem da tiara remonta ao Antigo Testamento. Deus disse a Moisés: "Farás também uma lâmina do mais puro ouro, na qual farás abrir por mão de gravador: 'Santidade ao Senhor'. E atá-la-ás com uma fita de jacinto e estará sobre a tiara, iminente à testa do pontífice. E Arão a levará sobre si. E sempre esta lâmina estará sobre a sua testa para que o Senhor lhe seja propício" (Ex, 28, 36-37). Aarão, irmão de Moisés, é o arquétipo de Sumo Sacerdote e prefigura dos Papas.
A tiara, ou tri-regno (tríplice reinado), consta de três coroas que simbolizam:
1ª) a jurisdição eclesiástica do Papa e o governo temporal sobre os feudos pontifícios;
2ª) a autoridade espiritual acima da autoridade temporal dos reis;
3ª) a autoridade efetiva sobre todos os soberanos, podendo nomeá-los ou depô-los.
Elas também significam o poder máximo na Ordem do Sacerdócio, na Jurisdição Universal e no Magistério Supremo. O cardeal Andrea Cordero Lanza di Montezemolo explicou ao jornal francês "La Croix" que a decisão de não mais usar a tiara havia sido do próprio Bento XVI, que agora a restaurou: "No dia seguinte ao de sua eleição — testemunhou o Cardeal — ele próprio disse-me que não queria que a tiara continuasse aparecendo, e desejava substituí-la por uma mitra". A restauração foi recebida com júbilo pelos católicos, admiradores dos símbolos da Cristandade.
Marcelo Dufaur
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