quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Brasil: 185 anos de Independência


"A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos econômicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo."

Olavo Bilac

O Brasil é o maior país da América Latina e o quinto do mundo em área territorial. Foi o único país na América que adotou a monarquia, durante todo o século XIX. Apesar dos escândalos políticos ligados a mais alta cúpula do poder deste país de regime republicano, o Brasil comemorará no dia 07 de setembro, 185 anos de independência. Não agüentamos mais tanta sujeira na política. O pior de tudo não é isso. O pior é uma nação desacreditada de seus dirigentes. Um povo anestesiado frente a acusações e denuncias de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. A falta de ação dessa nação é aterrorizante. Quando olhamos para trás vemos tantos movimentos por tão pouco, mas que fazia a diferença na vida do Brasileiro: O salário mínimo, As diretas já, O pedido impeachment de Collor com os “Caras Pintadas”. Hoje o povo não vai mais as ruas. Desacreditado, rende-se a manipulação dos meios de comunicação social frente às mazelas deste país. Onde está a nossa garra? O que aconteceu com nosso patriotismo? Perdemos a vontade de sermos brasileiros atuantes? Esse país não precisa de indivíduos para ocupar o espaço “vago”. Precisamos de cidadãos que tenham orgulho de serem brasileiros. Há pouco tempo o Governo Federal lançou uma campanha para aumentar a auto-estima do Brasileiro com a frase na boca do povo: ”Eu sou brasileiro e não desisto nunca”. Será que teve o efeito desejado? Com certeza não. Acabou virando piada em rodinhas de esquina, pois, um governo que faz de tudo para ser desacreditado com suas falcatruas e mazelas pede para que o povo tenha orgulho de ser brasileiro sem jamais desistir. O psicológico de todos é de que nada estará bom e o pior é a certeza. Quando teremos a tão desejada vitória da ética sobre a impunidade? Quando veremos nossos representantes verdadeiramente nos representando e não trabalhando em mérito próprio numa demonstração de egoísmo? Com certeza estava certo quem um dia escreveu “a esperança é a ultima que morre”, porém não podemos nós perecermos antes dela se concretizar. Parabéns a nação, ao povo que conquista mais um ano de independência. Meus respeitos aos construtores deste país, que trabalham para ver uma nação solidificada e grandiosa. Minha “esperança” à reforma política que muito promete mais ainda não se concretizou. Que os ideais que moveram Dom Pedro I às margens do Ipiranga possam pulsar em nosso coração: Independência ou Morte!

Welinton Silva

Simpósio sobre o Césio-137 resultará em ações de propósito acadêmico


Com o Sr. Odesson Alves Ferreira, Presidente da Associação das Vítimas do Césio-137.

Terminou hoje, dia 05 de setembro, o primeiro simpósio interdisciplinar sobre o acidente com o césio 137. Uma iniciativa do Departamento de Ciências Jurídicas da UCG, na pessoa do professor Mestre Júlio de Oliveira Nascimento. Como foi louvável essa iniciativa que, em breve, nos contemplará com resultados concretos para a tentativa de amenização da dor das vitimas e ressaltar o compromisso do estado frente à questão. Essa efetividade se dará com a criação de uma comunidade científica de estudos interdisciplinares permanentes sobre o acidente radiológico de Goiânia, como expressão de uma postura ética e solidária para com os radioacidentados.

HISTÓRIA
O acidente radioativo de Goiânia, Goiás, aconteceu no dia 13 de setembro de 1987. No ocorrido foram contaminadas dezenas de pessoas que morreram acidentalmente pelas radiações emitidas por uma cápsula do radioisótopo Cloreto de césio, de número 137, sendo chamado de Césio-137. Foi o maior acidente radioativo do Brasil e o maior radiológico do Planeta.
A cápsula de Cloreto de Césio continha 74 Terabecquerels (TBq) em 1971. A Agência Internacional de Energia Atômica descrevia que a cápsula possuía 51 milímetros de diâmetro e 48 milímetros de comprimento, considera uma "cápsula tradicional internacional". O sólido usado especificamente na máquina de radioterapia era o Césio-137 (que tem meia vida útil de 30 anos). A taxa de radiação em um metro da fonte era de 4.56 gramas por hora. A pedra de Césio 137 foi feita no laboratório norte-americano Oak Ridge National e era usado como fonte de radiação para a máquina de radioterapia do hospital de Goiânia.
A cápsula de Cloreto de Césio fazia parte de um equipamento hospitalar utilizado para radioterapia que utiliza o césio para irradiação de tumores, ou materiais sanguíneos (sangue e plasma sanguíneo). O irradiador havia sido desativado em (1985) e se encontrava abandonado numa edificação pertencente ao Instituto Goiano de Radioterapia. Dois catadores de sucata chamados Roberto dos Santos e Wagner Mota invadiram o prédio abandonado e observaram um volume muito pesado, constatando ser um bloco de chumbo, venderam para o dono de um pequeno ferro-velho, Devair Alves Ferreira, que vendo a luminosidade estranha e bonita da pedra, quiz fazer um anel para a sua esposa, Maria Gabriela Ferreira, com fragmentos do Césio-137, tendo o sérias lesões no corpo, devido a alta intensidade raios gama.
O local onde ficava a casa dos dois catadores de sucata pode ser localizado atualmente na Rua 57, no Setor Central, em um lote vazio, coberto por uma espessa camada de 7 metros de concreto para impedir possível vazamento de radiação e cerca de 70 metros atrás do Mercado Popular.

Welinton Silva