segunda-feira, 10 de setembro de 2007

O Papa e o Grito dos Excluidos


O papa Bento XVI encerrou ontem a sua visita de três dias à Áustria com uma missa campal e uma visita a uma abadia medieval. Em meio à visita de Sua Santidade a um país da Europa Central, na América do Sul, O Brasil se movimentava com mais um Grito dos Excluídos. As ações como um Plebiscito Popular sobre a privatização da Companhia Vale do Rio Doce e sobre outros temas ligados aos direitos sociais, em cuja promoção e defesa nossa Igreja sempre esteve empenhada, aconteceram.
Os bispos da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB se mobilizaram juntamente com as comunidades de Base, Paróquias e Dioceses pela anulação do leilão de privatização que está sendo julgado pelo Judiciário, mobilizado por mais de 100 ações que contestam a sua legalidade. Dom Luciano Mendes de Almeida, de saudosa memória, em audiência pública pouco antes do leilão de 1997 disse: esse ato não foi ético. Dizia ele:
- “ninguém pode vender uma empresa como a Vale do Rio Doce essa sem ter informado o povo do seu valor real, do seu significado histórico, cultural, político...”
- “ninguém pode vender o chão do país...”
- “uma transação que toca na herança de todo um povo... não pode ser feita sem
informar, formar e consultar o próprio povo”.
Agora depois dessa mobilização, veremos seus efeitos concretos. Não se poderão ignorar ações como essa de cunho nacional e patriótico. A Vale é nossa e não pode servir dessa maneira ao capital estrangeiro. Ao Brasil o que é de direito dos Brasileiros.

Welinton Silva

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